Existe “vinho para vegetarianos”? A resposta é: existe vinho pra tudo. Para encontrar as melhores combinações, provei algumas receitas (excluí apenas carnes, algumas tinham ovos e lácteos) com vários vinhos.
Como há milhares de tipos de vegetais, não dá pra criar uma regra única para a cozinha vegetariana. O que fiz, para começar esta brincadeira, foi degustar vinhos inclinando-me para sabores mais verdes. Assim, as dicas são para pratos que têm como elemento principal berinjela, abobrinha, brócolis, couves, ervilhas e vagens, por aí.
Se sua preparação for com temperos quentes, como curry ou páprica, cardamomo ou cominho, vamos de tinto. O Mediterrâneo é um mar (ok, ok) de vinhos interessantes. Minervois, Corbières, Provence ou Côtes du Rhône têm vinhos com aromas de ervas, boa estrutura, mas delicadeza, e permitem que os vegetais não se desestruturem em boca.
Valpolicella ou Bardolino, no extremo norte da Itália, também têm ótimas opções.
Se pensar em temperos mais frios, com legumes crus salpicadinhos de manjericão, coentro, salsinha ou salsão podemos migrar pra sauvignon blanc –Vale de Casablanca, no Chile, ou Sancerre, na França, são dicas certeiras, assim como Soave, no Vêneto, ou os brancos da costa Portuguesa, da Península de Setúbal ou Bucelas.
Se seu prato tiver algo de queijo (uma quiche ou legumes gratinados), arrisque! Garanto que um vinho aromático, delicadamente frutado na boca (sim, com uma leve doçura) e boa acidez são ótimas opções. Bons alsacianos cumprem bem este papel, assim como os vizinhos alemães, rieslings chilenos, de Marlborough (Nova Zelândia) ou de Clare Valley (Austrália).
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