Há varias formas de pensar e escolher o vinho. Às vezes, escolhemos uma garrafa para acompanhar uma comida. Consideramos os sabores e estruturas de um prato e tentamos harmonizar com o estilo do vinho. Vinhos mais tânicos para pratos gordurosos, vinhos adocicados para acompanhar sobremesa, ou um branco mineral e salgadinho para ir com ostras, e por aí vai.
Uma outra forma de escolher o vinho, também comum, pode ser em função de uma ocasião. Um vinho divertido e frutado para uma noite com amigos, um branco leve e descompromissado para uma tarde na piscina, um espumante festivo para o aniversário de um familiar.
Nos dois casos, colocamos o vinho como um acompanhante, com a função de ser o pano de fundo de situações em que outros elementos também são importantes.
Contradizendo um pouco essa ideia, temos no mundo do vinho a expressão "vinhos de meditação" para designar aqueles que exigem nossa total atenção. São grandes vinhos, geralmente com potencial de envelhecimento e que estão no ápice. As vezes são vinhos de sobremesa, com sua doçura equilibrada e grande corpulência. Raramente são brancos secos.
Mas há brancos que enganam. Na sua delicadeza, trazem perfumes sutis, mas vibrantes, boca refrescante, mas intensa que, por mais leves que sejam, ficam melhores sozinhos.
Nada de um peixinho, nada de frutos do mar, nada de aperitivos sobre eles. Eles exigem um olhar gentil e atento, sendo protagonistas para serem desfrutados na íntegra.
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